Trazido ao Brasil na década de 80 para ser vendido como escargot, o caramujo gigante africano tornou-se praga no Brasil. Após serem rejeitados pelo mercado, eles foram abandonados e se proliferaram em jardins e quintais. No Rio de Janeiro, o governo chegou a indenizar pelo quilo de caramujo recolhido, tamanha foi a infestação.
O caramujo africano possui conchas de 15 a 20 centímetros de altura e 10 a 12 de comprimento, de cor marrom-escura com listras esbranquiçadas desiguais e um pouco em ziguezague. Eles podem pesar até 400 gramas e pôr até 200 ovos a cada dois meses. Geralmente alimentam-se de verduras, legumes, vegetais. São resistentes a frio e seca.
A presença dos caramujos africanos deve servir de alerta para doenças e problemas de saúde. Além de ter se tornado praga agrícola, ele é hospedeiro de dois parasitas causadores das doenças angiostrongilíase abdominal, que pode matar por hemorragia ou infecção, e angiostrongilíase meningoencefálica, que afeta o sistema nervoso central. Os micro-organismos estão presentes no muco liberado pelo molusco.
A orientação é evitar contato do molusco com a pele. Apenas isso pode levar à contaminação. Também é recomendável que frutas, verduras e legumes sejam bem lavados e examinados antes do consumo. Caso haja qualquer indício da presença do caramujo, os alimentos devem ser descartados.
Por serem moluscos, eles têm preferência por locais úmidos e sombreados. Geralmente ficam em cantos de muros, paredes sombreadas, locais com acúmulo de materiais, lixo, entulhos. Outro criadouro para caramujos são tijolos, por causa dos furos, e materiais acumulados e empilhados.
Ao encontrá-los no quintal ou na horta e forem em pequena quantidade, pode ser feita a coleta manual. Mas cuidado! O manuseio deve ser feito utilizando luvas descartáveis para que ele não entre em contato com a pele.
Para evitar riscos, você pode contratar empresas especializadas que farão a coleta manual dos caramujos ou o extermínio utilizando iscas. Estes produtos são tóxicos, porém não exigem grande tempo de isolamento do local.
No caso de coleta manual, os caramujos devem ser colocados em dois sacos plásticos e suas conchas devem ser quebradas. Depois disso, devem ser colocados em covas de 80 cm de profundidade e cobertos de cal. A cova deve ser feita em local seguro (longe de hortas, cisternas, poços e outros locais nos quais possam ocorrer contaminações). Em caso de dúvida sobre o local, você pode contar com o auxílio dos órgãos responsáveis pelo controle de pragas e zoonoses. Outra opção é colocá-los em recipientes com tampa (com as conchas quebradas) e queimá-los.
Conte com profissionais especializados para este serviço e fique tranquilo. Cuidar de sua saúde é primordial!
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